Por Allan Patrick
Li no noticiário que há autoridades querendo revistar todas as casas de uma favela do Rio de Janeiro. Observo, como consequência, diversas mensagens de apoio no twitter. Aí me lembro que, ao ler o livro Elite da Tropa 2, havia a história da captura de um dos maiores traficantes e milicianos do Rio de Janeiro. Pelo que o relato do livro nos dá a entender, ele foi preso em Natal/RN, num condomínio de luxo da Av. Getúlio Vargas (onde os apartamentos valem em média R$ 1 milhão), bairro nobre da capital. Quantas pessoas e autoridades apoiariam uma revista casa a casa nessa avenida?
os trabalhadores que não têm outra opção se não ocupar as favelas no RJ são tratados como gado: quando necessário, as elites não tardam em empregá-los nas funções mais sujas e com os salários mais baixos, nas piores condições. O transporte público parece até mesmo com transporte de gado, tal a quantidade de pessoas por metro quadrado enquanto os patrões estão sozinhos em seus carros blindados e com ar-condicionado. Assim como o gado, quando necessário, também o pasto onde dormem é invadido.
A capa da Veja desta semana é absurda. Estão tratando a pobreza como o grande inimigo do “povo”. 2014 já começou.
Perfeito, Gabriel!
Caro Allan, a PM têm que aproveitar a oportunidade, pois ela desconhece o resto do bando que trafica, pode até ter nomes. Concordo com seu pensamento nas entrelinhas, que haja pessoas de bem ali. A PM sabe que alí existem pessoas associadas ao tráfico que ela desconhece e isso precisa ser contido, o Rio merecia essa intervenção policial de peso faz tempo ou melhor já estava passando do tempo.
Nobre Jovanko, veja meu texto mais recente: O combate ao tráfico na gestão de Hélioz Luz. E obrigado pela visita, meu amigo 🙂