Fonte: Counter Balance denuncia que el BEI incentiva a los paraísos fiscales.
O Banco Europeu de Investimento – BEI [semelhante ao BNDES no Brasil] concede empréstimos para projetos em países em desenvolvimento por meio de bancos e entidades financeiras que utilizam paraísos fiscais offshore como as Ilhas Maurício, segundo um relatório publicado no dia 15 de julho de 2009 pela Counter Balance, um consórcio de ONGs de desenvolvimento e meio ambiente.
O BEI (ou EIB, na sigla em inglês) é a maior instituição financeira pública do mundo, com um volume de empréstimos que alcançou os 50 bilhões de euros em 2006. Como acontece com muitas outras instituições europeias, os seus padrões de retorno social, meioambiental, a política de prestação de contas e a transparência de seu funcionamento não correspondem aos valores democráticos de seus acionistas, os 27 estados membros da União Europeia. Segundo a Counter Balance, em seu relatório,
“Nosso estudo demonstra que uma larga lista de clientes do BEI com projetos de desenvolvimento fazem uso de paraísos fiscais e outras jurisdições afins ao sigilo fiscal. A mais utilizada é a Ilha Maurício. É uma completa contradição com as responsabilidades que o BEI assumiu para o desenvolvimento de países pobres nos acordos de Cotonu. Essas jurisdições secretas estimulam a guerra fiscal, favorecem o sigilo bancário e, por tanto, facilitam a corrupção, a evasão e a fraude fiscal”.
A micro república da Ilhas Maurício figura na lista negra dos paraísos fiscais da OCDE, na do Senado dos Estados Unidos, na da Tax Justice Network, dentre outras. Em junho deste ano, um relatório do governo norueguês sobre os investimentos voltados para o desenvolvimento, já mostrava os problemas causados pelo sigilo e as facilidades para evasão fiscal causadas por falsos domicílios de empresas fantasmas que esta Ilha, ex-colônia britânica, oferece.