Uma montadora de automóveis brasileira?

General Motors do Brasil em São Caetano-SP. Foto por betta design.
General Motors do Brasil em São Caetano-SP. Foto por betta design.

Luís Nassif, em sua coluna econômica de 02/06/2009, lança uma discussão interessante:

Interessa ao Brasil ter sua própria indústria automobilística?

Vamos a alguns dados do engenheiro de produção e professor da Universidade Federal do Espírito Santos Rodrigo Medeiros, publicados no Blog.

Nos países mais desenvolvidos e nos tigres Asiáticos, os setores metal-mecânico, químico e eletroeletrônico respondem por algo entre 55% e 75% das exportações. Medeiros denomina a esses setores de “indústrias centrais”, em torno das quais se estrutura a industrialização, a inovação e a competitividade nesses países centrais.

Hoje em dia, Estados Unidos, a Europa e o Japão respondem por pouco menos de 70% dos gastos globais em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Por isso, investir nesses setores deve ser prioridade nas políticas industriais dos países menos desenvolvidos, diz Medeiros.

Carro elétrico EV1 da GM. Foto por Claus Ableiter
Carro elétrico EV1 da GM. Foto por Claus Ableiter

Alguns aspectos complementares foram discutidos no dia seguinte, em seu blogue: “a industrialização desperdiçada“, “os automóveis brasileiros“, “as baterias de lítio” e “os padrões de desenvolvimento“.
O momento histórico é único e, com a falência da General Motors, surge uma oportunidade para reestruturar a GM do Brasil sob controle nacional. Sim, concordo com os argumentos expostos por Michael Moore em sua carta de despedida à GM. Nessa perspectiva, o Brasil tem uma vantagem adicional para a produção de carros elétricos. As maiores reservas de lítio conhecidas do mundo ficam aqui do lado, na Bolívia.

Textos relacionados:

Nacionalização da GM, o carro elétrico e o futuro do Brasil.

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