O subúrbio americano

Por Allan Patrick
Subúrbio, palavra que se origina do inglês sub urb (subcidade), tem no Brasil um significado bastante pejorativo. Aqui, está associada a bairros (ou mesmo conjuntos habitacionais) distantes e com infra-estrutura precária. Um ótimo exemplo é a Cidade de Deus, cujo processo de construção, fruto da remoção forçada de favelas de bairros centrais do Rio de Janeiro, é ilustrado no filme homônimo.
Já nos Estados Unidos (e também no Canadá), o contexto é diferente. Como nos informa a wikipédia, o subúrbio costuma ser um núcleo urbano localizado nos arredores de uma região metropolitana, onde geralmente vivem famílias de classe média ou alta, com índices de qualidade de vida e segurança em geral maiores que os das áreas residenciais centrais. Caracterizam-se como áreas de baixa densidade populacional, habitação baseada em tipologias arquitetônicas de baixo gabarito (normalmente casas unifamiliares ao invés de edifícios multifamiliares) e com baixo coeficiente de aproveitamento dos terrenos (normalmente as edificações localizam-se isoladas em meio aos seus amplos lotes).
No Brasil, em tempos recentes, um processo semelhante vem ocorrendo, porém na forma de condomínios horizontais fechados.
Sobre os efeitos nocivos desta modalidade de desenvolvimento urbano falaremos no futuro. Quem tiver interesse em ler mais sobre o assunto pode começar consultando o fichamento do capítulo 1. Os pais fundadores do livro País fast food.

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